"Na busca da melhoria contínua de desempenho ambiental, vale lembrar que na realização de todas as atividades gerenciais, desde o projeto até a seleção de sistemas e equipamentos e sua instalação e operação, os investimentos requerem uma análise econômica de viabilidade, para manter a saúde financeira e a competitividade da empresa. É do mundo natural que a economia e as empresas irão buscar a maior parte de suas necessidades em termos de matérias primas e energia, sendo também para o mundo natural que ela descartará seus resíduos. Estaremos, ao longo deste trabalho, tratando muitas vezes de Economia Ecológica, ou seja, da integração entre a Economia e a Ecologia. É necessário que, na defesa de nossos interesses, os órgãos governamentais responsáveis pelo comércio internacional e empresas realizem um acompanhamento cuidadoso das medidas protecionistas praticadas por alguns países, que eventualmente usam como pano de fundo a questão ambiental. Neste caso, é importante o conhecimento profundo do problema, sob seus aspectos técnicos (é real a degradação ambiental alegada), políticos (quais são as consequências sociais resultantes do protecionismo sobre o emprego, por exemplo) e econômicos. Lembramos o Princípio 12 da Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento: "As políticas econômicas com fins de proteção ambiental não devem servir para discriminar ou restringir o comércio internacional. Medidas para controle de problemas ambientais transfronteiriços ou globais devem, sempre que possível, serem baseadas em consenso entre os países".