O livro investiga três momentos na relação do sistema de inteligência com o regime militar. A fase de afirmação das instituições do autoritarismo foi marcada pela criação do SNI e reorientação do papel desempenhado pelos órgãos de informações das Forças Armadas que passaram a exercer vigilância sobre os movimentos sociais.Com o recrudescimento ideológico do autoritarismo, que se estendeu de 1968 a 1973, o SNI e os órgãos de informações militares expandiram sua influência e se tornaram o núcleo de poder com maior capacidade para definir as políticas relacionadas à segurança do Estado. O processo de transição foi acompanhado pela redefinição do sistema de inteligência que enfatizou o papel hegemônico do SNI, em detrimento dos órgãos de informações das Forças Armadas. Seja na fase transição ou após os militares deixarem o exercício de governo, o SNI consolidou-se como órgão centralizador doSisni e continuou a desempenhar as funções de natureza policial em consonância com o [...]