Repórter investigativa do Wall Street Journal e aclamada pela crítica em sua estréia literária, Lucette Lagnado relata em O Homem do Terno de Panamá Branco, a vida de sua família no Cairo cosmopolita dos anos 1940 e 1950, e de sua emigração. Centrado na figura de seu pai... De dia, Leon fazia negócios no elegante terraço do Hotel Shepheard. À noite, na acolhedora penumbra do bar do Nile Hilton, usando o terno de panamá branco que era sua marca registrada, jogava cartas, dançava e consumia tudo do bom e melhor. Era íntimo de oficiais ingleses e de cantoras lendárias. Mesmo depois de casar com uma bela mulher 22 anos mais jovem, Leon manteve seus hábitos. Aos 55 anos se aproximou da família, encantado pela filha caçula, a autora, que o acompanhava tanto à sinagoga como ao bar do Hilton. Em 1956, a Guerra do Suez e o nacionalismo do regime de Gamal Abdel Nasser levaram à saída de milhares de estrangeiros da cidade, incluindo judeus egípcios. Leon resistiu enquanto pôde, mas a família de seis pessoas teve de abandonar tudo em 1963, embarcando rumo a Paris com 26 malas e apenas 212 dólares, o valor máximo permitido. Em Paris e depois no Brooklyn, a maior parte das 26 malas, cheias de glamorosas roupas feitas sob medida, permaneceu fechada. As assistentes sociais nova-iorquinas, imbuídas pelo espírito feminista dos anos 1970, aconselhavam as mulheres a desobedecer ao patriarca, que agora tentava vender gravatas no metrô para sustentar a família. Diante das dificuldades e diferenças, a grande e sólida família de Leon Lagnado se desfez. Mas a autora sobreviveu e cresceu para contar uma emocionante e inesquecível história de perda, amor e fé.