Este livro é fruto de um incômodo pessoal que se traduz pela necessidade de compreender o fenômeno técnico. Este incômodo vem da mistura de medo e fascinação que as novas tecnologias exercem sobre as pessoas. André Lemos analisa os impactos das novas tecnologias na sociedade contemporânea, através da descrição da nova cultura tecnológica planetária: a cibercultura. O ciberespaço permitiu ao autor compreender os espectros da cibercultura e da socialidade. A internet já é hoje, um fenômeno hegemônico que vem ganhando cada vez mais espaço no cotidiano e na noção das esferas sociopolíticas. Segundo Pierre Lévy, o livro de André Lemos sobre a cibercultura rompe com a produção contemporânea em filosofia e em ciências sociais através de uma abordagem aberta e vitalista. Lemos tem o grande mérito de não confundir a inteligência com a crítica sistemática. Ele reconhece a cibercultura como uma manifestação da vitalidade social contemporânea e a analisa como tal. André Lemos, como um viajante que deve pegar uma determinada estrada, tomou a rota da cultura eletrônica de rua. Foi ao encontro dos hackers, dos tecnoanarquistas, dos profissionais de informática, dos publicitários, dos sociólogos, dos artistas e dos jornalistas. O objetivo do livro é escutar a vida social que fala através do barulho maquínico e eletrônico da tecnologia contemporânea.