Solidão, saudade, incerteza. Sonhos de um passado, pesadelos do futuro. Silêncio do lado de fora, gritos por dentro. Medo da morte, medo da vida, medo de tudo. Riso histérico, choro compulsivo. Nenhuma memória, uma infinidade de lembranças. E entre quatro paredes brancas, na secura de um quarto vazio, acontece um naufrágio. A Hora dos Náufragos, romance de Pedro Maciel, traz uma narrativa cíclica e onírica. O tempo, a morte e o amor são os temas desta ficção surpreendente. Se você não gosta de surpresas, desista. Se gosta, faça como a literatura brasileira: abra A Hora dos Náufragos, sucumba, e se renove definitivamente. Não há quem tenha escapado ao efeito mortal, à voz forte, sem desculpas, encarando o caminho mais definitivo de todos nós, a voz de Pedro Maciel, impressa no papel como uma marca, um aviso, uma sentença. Condenados ou salvos, leiamos rápido, rápido, sem adiamentos