Erudito e boêmio, engajado e sedutor, o cineasta francês Claude Lanzmann revisita seu passado em livro escrito com franqueza e paixão intelectual. Personagens marcantes das últimas sete décadas - como Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir, Brigitte Bardot e Gilles Deleuze, entre muitos outros - figuram nesta narrativa de uma vida repleta de ousadia e inconformismo.Diretor de Shoah, documentário que representou para a história do Holocausto no cinema o que a obra de Primo Levi significou para a literatura, Claude Lanzmann é herdeiro de uma nobre linhagem de intelectuais franceses para quem o pensamento, a ação, a rebeldia e mesmo a sexualidade sempre ocuparam a mesma órbita. Escrito com punch romanesco, "A Lebre da Patagônia" apresenta um intelectual sui generis: o mesmo sujeito que se diz dado a peripécias (pilotou aviões, escalou montanhas), em seguida declara candidamente que a coragem e a covardia são os eixos de sua vida. Por isso, são especialmente elucidativos os capítulos sobre o intrincado processo, repleto de aventuras, fracassos e até farsas, de filmagem de seu famoso documentário, obra que consumiu dez anos e que ainda o assombra.Diretor de Shoah, documentário que representou para a história do Holocausto no cinema o que a obra de Primo Levi significou para a literatura, Claude Lanzmann é herdeiro de uma nobre linhagem de intelectuais franceses para quem o pensamento, a ação, a rebeldia e mesmo a sexualidade sempre ocuparam a mesma órbita. Escrito com punch romanesco, "A Lebre da Patagônia" apresenta um intelectual sui generis: o mesmo sujeito que se diz dado a peripécias (pilotou aviões, escalou montanhas), em seguida declara candidamente que a coragem e a covardia são os eixos de sua vida. Por isso, são especialmente elucidativos os capítulos sobre o intrincado processo, repleto de aventuras, fracassos e até farsas, de filmagem de seu famoso documentário, obra que consumiu dez anos e que ainda o assombra.