Augusto dos Anjos é um escritor pré-modernista; sua poesia é marcada pelo sofrimento, pessimismo, materialismo e uso de termos científicos. Este é um livro de sofrimento, de verdade e de protesto. Publicada em 1912, "Eu e outras poesias" foi a única obra de Augusto dos Anjos, poeta que, vitimado pela pneumonia, viveu apenas até os 30 anos. Surgindo em um momento de transição, pouco antes da virada modernista de 1922, a obra de Augusto dos Anjos é classificada por alguns como simbolista – pela construção de imagens sequenciais –, por outros como parnasiana – pela escrita formal – e por outros, ainda, como pré-modernista – pela época e pelo estilo inovador. De qualquer modo, independentemente do rótulo, Augusto dos Anjos marcou a literatura brasileira e até hoje é lido e admirado por leitores de todos os tipos. "Eu e outras poesias" é um livro de sofrimento, verdade e protesto, em que, demonstrando uma visão de mundo parecida com a de Machado de Assis, Augusto dos Anjos trata da angústia moral, numa linguagem que mistura poesia, medicina e ciência.