A ideia de diversidade tornou-se, frente à crescente afirmação das identidades, um fenômeno significativo especialmente em sociedades oriundas do colonialismo europeu, onde grupos e indivíduos reafirmam seus particularismos locais, suas identidades étnicas, raciais, culturais ou religiosas, chamando a atenção de organismos internacionais a atributos da globalização que não são apenas econômicos ou tecnológicos, mostrando a inadequação das análises estritamente socioeconômicas. É no interior desta nova paisagem científica, que a obra Relações Étnico-Raciais, de Gênero e Sexualidade: perspectivas contemporâneas surge e vem a contribuir para o entendimento daquilo que não é apenas científico, mas também político, e daqueles que lutam pela afirmação das diferenças. Temas antes negligenciados que estão na clave da diferença, como as relações de gênero, de sexualidade, étnico-raciais ou etárias, ascendem, dão uma visibilidade inaudita à realidade das relações sociais no Brasil e fazem parte daquilo que hoje é considerado tema premente da contemporaneidade.