Voltaire dizia que a advocacia ''é o mais belo estado do homem'', elevando-o à categoria de sacerdócio. E exatamente nesse sentido é que Pedro Paulo Filho construiu esta obra, como um dos mais extraordinários livros sobre a magnitude de uma profissão que se dedica tão a fundo a desvendar os mistérios da alma humana. Nenhum outro profissional tem um contato tão estreito com as grandezas e as misérias do homem. Este contato tão íntimo com o âmago de seus clientes exige do advogado muita coragem, humanidade, compreensão, complacência, indulgência. Sobretudo a certeza de que não há bem ou mal absoluto, e de que toda pessoa humana merece ser defendida. Isso faz da advocacia uma das mais incompreendidas profissões existentes. Os casos relatados em toda a obra são símbolos daquilo que deve orientar o bom advogado, que tem em suas mãos a responsabilidade pelo bem maior da humanidade - a liberdade. Esse denodado amor à liberdade é que exige dele ser um cultor do direito, da sensibilidade, do altruísmo e da abnegação. À sua frente desfilam os dramas e as tragédias humanas que também o conduzem a ser um profundo conhecedor do homem e da vida, enfrentando todas as dificuldades e buscando desenvolver ao máximo suas qualidades de argumentador e orador. Para desnudar o magnífico mundo da advocacia, mostrando-o aos leitores em toda a sua grandeza, a obra Grandes Advogados, Grandes Julgamentos traz à luz casos e advogados célebres, do Brasil e do mundo, que prendem e encantam pela sua rara perfeição de estilo e absoluta fidelidade histórica. Assim é esta obra uma oportunidade ímpar de se penetrar uma das mais espinhosas e grandiosas atividades do homem, que é a de julgar seus semelhantes.