Este livro convida-nos a examinar cuidadosamente as ligações entre ficção e política em Educação, levando em consideração a importância da noção de utopia no contexto da teoria social e explorando novos desenvolvimentos na Sociologia da Educação. Como pesquisadores e educadores, estamos convictos de que o presente não pode ser a medida da felicidade, porque a felicidade é simplesmente a coleção de imagens que se dissipa com a distância e se distorce com a proximidade. Mais ainda, estamos convictos de que uma utopia é aquele horizonte no sentido do qual damos dois passos para ficar mais próximos, enquanto ele se move dois passos à frente. Damos, de novo, mais dois passos para nos aproximarmos, e ele volta a mover-se dois passos à frente. Que uso é então este de utopia, esse prodígio que não se alcança? A resposta, pensamos, é tão simples como isto: ajuda-nos a andar como perspicácia nesta amálgama de política e ficção, não somente nas narrativas mais também na prática.