Em cada era da história humana existiram pessoas dotadas de uma qualidade especial de conhecimento ou gnose. C.G. Jung foi uma delas. Desde o princípio de sua carreira psicanalítica ele manteve um vivo interesse e uma profunda simpatia pelos gnósticos, aspecto de sua personalidade que é mencionado por todos os seus biógrafos. Segundo uma de suas colaboradoras, Barbara Hannah, Jung teria declarado a esse respeito: Senti (ao conhecê-los) como se, finalmente, tivesse encontrado um círculo de amigos que me entendiam. Por ocasião da descoberta, no Alto Egito, da coleção de manuscritos gnósticos de Nag Hammadi, Jung, através de seu amigo e colaborador Gilles Quispel, foi a peça-chave no despertar a atenção dos eruditos sobre os manuscritos e na publicação dessa valiosa coleção.