O conjunto dos trabalhos que compõem este livro que agora chega às mãos do leitor é produto de um esforço articulado de pesquisadores latino-americanos em problematizar a América Latina, no que esta possui de conexões políticas, sociais e culturais construídas em contextos históricos diversos. Essa perspectiva de estudo foi tema de debates diversos travados durante o Encontro Internacional Fronteiras, História e Identidades; II Colóquio de História e Saber Histórico na Região Bragantina: Fronteiras Bragantinas, realizado com apoio da Capes e da Universidade Federal do Pará, entre os dias 23 e 26 de outubro de 2012 na cidade de Bragança-PA. O evento fez parte das atividades do Grupo de Pesquisa do CNPq "Sociedade, Política e Trabalho em Áreas de Fronteira", que hoje é conhecido como Grupo de Estudos de Fronteira (GEF). As diversas exposições feitas nas conferências nacionais e internacionais, assim como nas mesas-redondas do evento, confluíram para a ideia de que as fronteiras são lugares fluentes, de múltiplas identidades e circulações humanas, que constroem e reconstroem as linhas imaginárias dos mapas oficiais, e que teimam em complexificar a lógica puramente nacional da soberania dos Estados-Nação sobre seus territórios. A publicação de Limites Fluentes. Fronteiras e Identidades na América Latina (Séculos XVIII-XXI) representa o começo de uma jornada de discussão que precisa ser ampliada no meio acadêmico, como um meio de questionar o passado/presente latino-americanos centrados unicamente no discurso nacionalista. Esperamos que este livro provoque no leitor esse mesmo sentimento que hoje compartilhamos como grupo.