Distante de qualquer indício de pieguice ou senso comum, Ana Letícia Leal visita o universo feminino juvenil atenta à gama de sutilezas que o torna tão complexo, tão intricado e, por isso mesmo, uma matériaprima tão rica para a literatura. Sua linguagem é descontraída, em sintonia com as gírias e modismos. Ao mesmo tempo, não se permite escorregar em nenhum momento em simplificações ou condescendências - risco tão comum na literatura para essa faixa etária. Pelo contrário. Meninas inventadas lança um olhar astuto e original para temas que, apesar de tão comuns a jovens do mundo todo, são naturalmente escorregadios e difíceis.