As pesquisas sobre o cristianismo no Brasil têm se multiplicado nestes últimos anos e a razão do interesse crescente pelos fatos religiosos é clara: Trata-se de tentar explicar porque uma das instituições mais sólidas e influentes da sociedade civil brasileira vem se transformando em sinônimo de comportamento ruim para boa parte do povo brasileiro. Quem está hoje nos púlpitos na televisão tem contribuído para a generalização de que os líderes cristãos são mercantilistas e antirracionalistas. Sua ousadia e sua falta de honestidade intelectual, chegou a um ponto que é mais fácil extorquir do que distribuir graças. Paixões proibidas, intrigas religiosas, poder, ambição, carregando marcas da vergonha, vem gerando conflitos humanos que só o amor é capaz de curar. Parece que Deus foi transformado num amigão que abençoa tudo que não presta. Depois da invenção do pentecostalismo a partir do século 20, a dimensão profética do púlpito ganhou em autenticidade, mas perdeu em profundidade. Muita coisa precisa ser mudada na prática evangélica, quer seja católica ou protestante, o que muita gente já chama de uma nova reforma do cristianismo.