Em consonância como a intuição de Albert Einstein (2017), pode-se dizer que o Templo da Filosofia também se apresenta como um edifício de mil formas. Os homens e mulheres que o frequentam, bem como as motivações morais que para ali os levam, certamente revelam-se bem diferentes. Alguns se entregam ao exercício da reflexão envaidecidos pelo sentimento de prazer que a potência intelectual superior lhes causa. Para estes a filosofia funciona como uma atividade acessória, um esporte caracterizado pelo jogo sem fim das veleidades individuais, no espaço da arena onde se contrapõem as mais diversas ambições e frustrações. Porque apenas assim compreendem a experiência do pensamento, que então não pode se manifestar de outro modo. Muitos outros, por sua vez, ingressam no Templo da Filosofia por razões utilitárias e nada oferecem em troca senão a preocupação egoísta com a materialidade de suas próprias contingências individuais. [...]