A ousada abordagem de um tema dessa grandeza resultou em uma tese densa, meticulosa, que vislumbra a atividade de instrução em um contexto no qual partes e juiz são vistos em um debate no qual as noções de liberdade e de solidariedade acabam sendo conjugadas de maneira harmônica, sob o manto de um Processo Civil engajado com o respeito a direitos fundamentais. Nele é enfrentado, de maneira aberta, o debate sobre os limites a serem observados no exercício dos poderes instrutórios do juiz, um dos mais acalorados no universo do Direito Processual Civil, e atenta para os perigos presentes nos casos em que uma ferramenta originalmente projetada para a tutela da liberdade possa ser convertida em arma a serviço do perigoso e inaceitável autoritarismo.