O Bardo Thodol, apropriadamente intitulado por seu organizador, W. Y. Evans-Wentz, O livro tibetano dos mortos, pertence a essa categoria de escritos que não interessam apenas aos estudiosos do Budismo Mahayana, mas também e especialmente - pelo fato de possuir um profundo humanismo e uma compreensão ainda mais profunda dos segredos da psique humana - ao leitor comum que procura ampliar seus conhecimentos da vida. Durante anos, desde que foi publicado pela primeira vez, o Bardo Thodol tem sido meu companheiro constante e a ele devo não apenas muitas idéias e descobertas estimulantes, mas também muitos esclarecimentos fundamentais. Ao contrário do livro egípcio dos mortos, que sempre nos induz a falar demais ou muito pouco, o Bardo Thodol nos oferece uma filosofia inteligível, endereçada a seres humanos, mais do que a deuses ou a selvagens primitivos. Sua filosofia contém a quintessência da crítica psicológica budista; nessa qualidade, podemos realmente dizer que ele é de uma superioridade sem par. O Bardo Thodol, apropriadamente intitulado por seu organizador, W. Y. Evans-Wentz, O livro tibetano dos mortos, pertence a essa categoria de escritos que não interessam apenas aos estudiosos do Budismo Mahayana, mas também e especialmente - pelo fato de possuir um profundo humanismo e uma compreensão ainda mais profunda dos segredos da psique humana - ao leitor comum que procura ampliar seus conhecimentos da vida. Durante anos, desde que foi publicado pela primeira vez, o Bardo Thodol tem sido meu companheiro constante e a ele devo não apenas muitas idéias e descobertas estimulantes, mas também muitos esclarecimentos fundamentais. Ao contrário do livro egípcio dos mortos, que sempre nos induz a falar demais ou muito pouco, o Bardo Thodol nos oferece uma filosofia inteligível, endereçada a seres humanos, mais do que a deuses ou a selvagens primitivos. Sua filosofia contém a quintessência da crítica psicológica budista; nessa qualidade, podemos realmente dizer que ele é de uma superioridade sem par. O livro não é um cerimonial fúnebre, mas um conjunto de instruções para os mortos, um guia através dos cambiantes fenômenos do reino do Bardo, esse estado de existência que continua por 49 dias após a morte até a próxima reencarnação. O Bardo Thodol é, então, conforme observa igualmente o Dr. Evans-Wentz, um processo de iniciação cujo propósito é o de restaurar na alma a divindade que ela perdeu ao nascer. [ ... ] O livro descreve um caminho de iniciação em sentido inverso, a qual, diferentemente das expectativas escatológicas da Cristandade, prepara a alma para uma descida à existência física . Esse tratado dos mortos é tão detalhado e tão adaptado às aparentes modificações na condição do morto que qualquer leitor sério ver-se-á propenso a perguntar se esses velhos sábios lamas não teriam, afinal de contas, apreendido algo da quarta dimensão e levantado o véu de um dos maiores segredos da vida.