Uma tragédia no mar do Rio de Janeiro, uma crise mundial, uma história oculta de espionagem. A morte do embaixador russo é um relato instigante de como acontecimentos ocultos podem impactar grandes eventos históricos. No domingo chuvoso de 21 de outubro de 1962, o embaixador russo Ilya Tchernyschov decidiu nadar na praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, acompanhado por dois funcionários da embaixada, apesar do alerta dos salva-vidas e da forte ressaca no mar. A tragédia foi noticiada nos principais jornais: o embaixador foi retirado da água já sem vida. Um dos funcionários ficou bem, mas o outro foi dado como morto, embora seu corpo nunca tenha sido encontrado.No dia seguinte, em um dramático discurso na televisão, o presidente John Kennedy apresentou ao mundo fotos de mísseis nucleares soviéticos sendo instalados em Cuba. E decretou um bloqueio marítimo à ilha, exigindo a destruição das instalações e o retorno das ogivas à União Soviética. [...]