O escritor e advogado Louis Begley analisa o célebre Caso Dreyfus usando como contraponto a tortura e os julgamentos irregulares dos prisioneiros de Guantánamo acusados de atividades terroristas ligadas ao ataque de 11 de setembro de 2001.Em 1894, Alfred Dreyfus, jovem e brilhante capitão da artilharia do exército francês, foi acusado de alta traição, julgado a portas fechadas por uma corte marcial e condenado ao degredo perpétuo na ilha do Diabo. A base para a acusação foi um papel que enumerava segredos militares franceses entregues ao adido militar na embaixada alemã em Paris. O antissemitismo recrudescia na sociedade francesa da época e era ainda mais acentuado no exército. O Caso Dreyfus dividiu a sociedade francesa entre os que exigiam um julgamento justo e os que não admitiam que se contestasse a palavra de membros da cúpula do exército francês para defender um judeu. O resto do mundo horrorizou-se com o desrespeito às regras de procedimento jurídico no país da liberdade, igualdade e fraternidade.Em 1894, Alfred Dreyfus, jovem e brilhante capitão da artilharia do exército francês, foi acusado de alta traição, julgado a portas fechadas por uma corte marcial e condenado ao degredo perpétuo na ilha do Diabo. A base para a acusação foi um papel que enumerava segredos militares franceses entregues ao adido militar na embaixada alemã em Paris. O antissemitismo recrudescia na sociedade francesa da época e era ainda mais acentuado no exército. O Caso Dreyfus dividiu a sociedade francesa entre os que exigiam um julgamento justo e os que não admitiam que se contestasse a palavra de membros da cúpula do exército francês para defender um judeu. O resto do mundo horrorizou-se com o desrespeito às regras de procedimento jurídico no país da liberdade, igualdade e fraternidade.