O diário de um dos maiores poetas da língua portuguesa, escrito ao longo de mais de três décadas. Entre maio de 1943 e setembro de 1977, Carlos Drummond de Andrade manteve o hábito de escrever suas notas, reflexões e memórias. Por pouco, esses papéis não foram alvo da tesoura implacável do poeta, que chegou a cogitar dar fim aos seus cadernos. Ao se debruçar sobre um período de intensas mudanças políticas no país, Drummond retratou, entre outros fatos marcantes, sua passagem pelo gabinete do ministério da Educação e Saúde Pública, seu envolvimento com a criação do jornal Tribuna Popular e o declínio do Estado Novo. Em 1985, o material felizmente ganharia forma em livro.