Textos de: Ana Beatriz Freire, Ana Carolina Borges Leão Martins, Andréa Martello, Angélica Bastos, Deborah Melo Ferreira, Fabienne Hulak, Fernanda Pacheco-Ferreira, Joel Birman, Julio Verztman, Leonardo Câmara, Lívia Beatriz Lisboa Pereira, Maria Cristina Poli, Mariana Mollica da Costa Ribeiro, Marta Rezende Cardoso, Pedro Henrique de Oliveira Efken, Regina Herzog, Simone Perelson, Tania Coelho dos Santos Os oito textos aqui reunidos, decorrentes de pesquisas teórico-clínicas desenvolvidas no âmbito do Programa de Pós-graduação em Teoria Psicanalítica do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, abordam diversas facetas das relações tecidas entre ato e intepretação na experiência psicanalítica, à luz das transformações sofridas pela ordem simbólica e pelo mal-estar próprio ao sujeito na civilização contemporânea. Divididos em duas partes, Interpretação e Clínica do ato, traduzem o empenho de seus autores em circunscrever modos de dar voz ao que não se pode representar simbolicamente, ou seja, aos restos sintomáticos do encontro dos seres falantes com a linguagem que não se deixam recuperar por semblantes, nem apreender pelo saber. Nesse contexto, destacam-se reflexões sobre a medicalização do espaço social e a constituição moderna do corpo e do vivente, marcada pela ultrapassagem de progressivos limiares de fragmentação, análises de contribuições de Lacan acerca dos impasses da interpretação e do ato na clínica psicanalítica, bem como abordagens de testemunhos de analisantes a respeito da conclusão de suas análises, da inibição verificada na clínica dos dias de hoje, da crueldade como marca de uma indiferença extrema e do lugar de uma experiência de escuta psicanalítica no setor cirúrgico de um hospital dedicado ao tratamento do câncer e suas sequelas.