Desde o seu aparecimento há 350 milhões de anos - muito antes do homem! - os insectos têm-se adaptado a todas as condições de vida. Graças às suas asas e ao voo, colonizaram todos os biótipos. A sua fecundidade, os seus múltiplos meios de defesa ou o seu mimetismo permitiram-lhes tornarem-se os representantes do reino animal em maior abundância à face da terra, tanto em número de espécies como em número de indivíduos. Inventando o utensílio, os modos de comunicação e de transporte competitivos, os homens, por sua vez, investiram em todos os habitats. O confronto com os insectos era inevitável. Se certas espécies são úteis ao homem, outras representam um perigo porque são venenosas ou vectores de doenças. Sobretudo os mosquitos veiculam o paludismo que provoca cerca de dois milhões de mortes por ano. No entanto, é frequentemente o próprio homem que favorece estas catástrofes ao modificar de forma intempestiva o frágil equilíbrio ecológico; então os insectos organizam-se para resistir à sua destruição. Nesta obra, acessível a todos, o autor revela-nos a infinita variedade deste universo oferecendo, quer ao investigador quer ao curioso, um campo de investigação apaixonante. Mas, para além da fascinação que os insectos sempre exerceram sobre o imaginário, este livro coloca a questão de uma coabitação difícil e essencial para o futuro do nosso planeta.