O amor à vida, o gosto pela felicidade e a sede de liberdade, o poder do desejo, a satisfação de correr riscos e saborear o excesso são expressões habitualmente não associadas à fé cristã. No entanto, haurindo nas fontes das grandes tradições monásticas, essas palavras reencontram sua densidade e seu poder evocativo. Segundo a bela expressão contida no capítulo 30 do livro do Deuteronômio, a espiritualidade cristã escolhe radicalmente a vida e a felicidade. O propósito deste livro é reencontrar esse gosto e partilhá-lo com as pessoas de nosso tempo. Para isso, o autor nos convida a percorrer itinerários originados nos desertos e no interior dos claustros, nos caminhos da solidão e do silêncio, nos lugares de combates e incertezas, resultando numa busca que será útil a cada um de nós, qualquer que seja sua vocação. Apenas se requer um coração que escute, um ouvido atento e sobretudo uma insaciável curiosidade. “O amor à vida e o gosto pela felicidade! Eis os dois critérios fundamentais de toda vida bem-sucedida, tal como a entende a tradição espiritual do Ocidente cristão. Dois critérios que permitem, quando verdadeiramente interiorizados, fazer escolhas e orientar uma vida.” O autor