Este livro é a história de um amor quase impossível entre um jovem e a poesia. Um amor tão forte e avassalador que superou barreiras - a começar por uma barreira feita de duas rodas. Vítima de paralisia cerebral e preso a uma cadeira de rodas, com dificuldades de falar e até de movimentar os dedos, Gilvã Mendes é uma síntese de marginalidades: além de portador de deficiência física, é pobre, negro e nordestino. Vive em uma comunidade popular de uma cidade - Salvador - repleta de ladeiras e carente de calçadas. A discriminação fez com que demorasse a ser aceito na escola. Seu refúgio e seu horizonte estavam na escrita, onde aprendeu a voar - e voar tão alto que virou escritor. Queria brincar de mudar meu destino mostra como o prazer da palavra, essa encantada brincadeira de descobrir e mudar o mundo pela expressão, abriu possibilidades entre tantas impossibilidades. Só mesmo uma grande paixão para fazer uma cadeira de rodas voar.