Chamado a colaborar no preparo das provas para o Concurso de Provas do Instituto Rio Branco, em 1952, Guimarães Rosa apresentou ao Diretor do Instituto as notas relativas ao exame de Cultura Geral. Tal exame, como entendido por Guimarães Rosa, tinha como finalidade avaliar os conhecimentos, adquiridos gratuitamente, e que teriam contribuído para a "formação da personalidade do candidato", revelando "curiosidade intelectual", bem como "vocação cultural e consciência humanística". Isto é, e a prova de Cultura Geral teria, no fundo, a finalidade de avaliar a capacidade de pensar - de analisar e associar imaginativamente - do candidato: "...o exame de Cultura Geral deverá permitir sejam levadas em conta as afirmações de erudição em quaisquer ramos do saber humano, prestando-se além disso a medir, de cada examinando, não só o cabedal de informações, mas também, tanto quanto possível, a coordenação das mesmas e sua dinâmica capacidade associativa - convém que as dissertações se dêem sobre temas de caráter geral, que permitam, pela variedade de seus aspectos, o máximo de ilações, associações e ilustrações, num tratamento recelador da pluralidade de conhecimento do candidato. Para tanto - e também porque à Cultura inerem as condições de meditação e calma - a prova deverá ser de duração suficientemente longa, num mínimo de tempo de 5 horas". A presente obra recupera o conjunto das colaborações de cunho diplomático de Guimarães Rosa como por exemplo a interessante sugestão que faz com relação ao concurso de provas do IRBr.