Aceitar o castigo imerecido. Não por fraqueza. mas por altivez. No tormento mais fundo o teu gemido Trocar num grito de ódio a quem o fez. As delícias da carne e pensamento Com que o instinto da espécie nos engana Sobpor ao generoso sentimento De uma afeição mais simplesmente humana. Não tremer de esperança nem de espanto. Nada pedir nem desejar. senão A coragem de ser um novo santo Sem fé num mundo além do mundo. E então Morrer sem uma lágrima. que a vida Não valeu a pena e a dor de ser vivida. (MANUEL BANDEIRA: Soneto inglês no. 2).