Segundo Flusser, a vida constitui uma viagem em busca de diferentes alvos, mas cada alvo significa apenas uma estação intermediária, a partir da qual se partirá, depois, em busca de novas metas. Essa mobilidade permanente merece ser encarada de forma positiva e afirmativa. Após milênios de confortável adaptação às nossas "casas" (sejam elas propriamente físicas ou existenciais), é hora de abandonar a morada e aventurar-se livremente nos espaços abertos. Como escreveu Flusser: "Esta é a catástrofe: que nós tenhamos de ser livres". Livres, inclusive, para deixar a confortável zona das experiências humanas conhecidas e experimentar novas identidades pós-humanas. Os autores apresentam uma obra que tece considerações louváveis sobre o tema.