Desde o início do século XX, quando o oficial do Exército Italiano Giulio Douhet iniciou uma nova doutrina de guerra baseada no domínio do ar, as estratégias militares mudaram substancialmente. Consubstanciado no fato de que a atuação do Exército se limita a um terço da Terra e da Marinha a dois terços dela, Douhet desenvolveu seus pensamentos baseado na ausência de limites físicos para a Aviação, uma vez que a arma aérea poderia atuar tanto sob a parte terrestre como sob a parte marítima, pois era independente de qualquer superfície. À medida que os aeroplanos se desenvolveram e passavam a ser utilizados como meios de guerra, o poder aéreo adquiriu novas dimensões, tornando-se uma escolha estratégica natural.O emprego do poder aéreo durante a Primeira Guerra Mundial, embora pequeno, foi decisivo em algumas operações, garantindo-lhes êxito. No período entreguerras, os primeiros teóricos do poder aéreo buscaram quebrar os paradigmas da bidimensionalidade a fim de dotarem seus países de uma arma aérea capaz de ser empregada de forma efetiva nos conflitos futuros. A materialização dos conceitos formulados nas décadas de 1920 e 1930 viria com o emprego maciço da força aérea durante a Segunda Guerra Mundial. Nos anos que se seguiram, o uso estratégico dos meios aéreos foi cada vez mais se consolidando com um instrumento de política internacional, sobretudo após a nova ordem mundial que se instala após o final da Guerra Fria.  Findo século XX, marcado por duas Guerras Mundiais e uma longa Guerra Fria, o século XXI é inaugurado pelos atentados de 11 de setembro e pela guerra global ao terrorismo, em eventos que constantemente ameaçam a paz e a segurança internacional.