O real e o ilusório sempre interessaram a filósofos, cientistas, e a população em geral. Conseguir responder à questão do que é real e do que é ilusão, sem dualismos, é um desafio importante e fértil para o trabalho psicoterápico, permitindo inclusive abordar a loucura através de conceitos relacionais, perceptivos. Neste livro, a autora traz novos desdobramentos decorrentes da conceituação de que a vida psicológica é a vida perceptiva. Para a autora, o empirismo continua a influenciar a conceituação de realidade. Real, nesta visão, é o denso, o que pode ser tocado, percebido. Qualquer coisa que fuja dessa característica obriga a novas classificações como a de virtual, por exemplo. É a percepção a criação do significado que permite estabelecer a comunicação humana, apesar das parcializações e distorções perceptivas criadas. Entender a percepção, seus processos e contextos, permite esclarecer questões como imaginação, sonho, conhecimento e reconhecimento.