Na Idade Moderna, servia-se ao monarca como uma maneira de ascender socialmente. No império português, as principais recompensas concedidas aos vassalos mais destacados eram os hábitos das Ordens Militares, que nobilitavam o agraciado, transformando-o em um cavaleiro. No nordeste brasileiro, a longa luta contra os holandeses no século XVII possibilitou que centenas de homens servissem ao monarca na defesa dos domínios lusitanos na América e, posteriormente, buscassem remuneração por seus esforços. Este livro é a sua história: suas vidas, anseios e conquistas. Através delas, percebemos como muitos membros da elite açucareira colonial buscaram arduamente o reconhecimento régio do seu status superior como forma de legitimar seu domínio local - o que, por sua vez, abriu para o distante rei português possibilidades de intervenção na construção das hierarquias sociais americanas. Reforçavam-se, assim, as redes imperiais e os laços a ligar o soberano a seus vassalos ultramarinos, possibilitando a manutenção do vasto império lusitano, disperso por quatro continentes.