Este trabalho é a complementação da dissertação de mestrado em Patrimônio Cultural da UFSM e tem por objetivo a valorização do Patrimônio Arquitetônico constituído pelas manifestações da Arquitetura Moderna em Santa Maria ocorridas entre as décadas de 1950 e 60. Essas manifestações que têm como pano de fundo as transformações sociais e culturais visavam à consolidação do ensino superior no município, sedimentadas a partir dos anos 40, quando a matriz econômica e cultural santa-mariense estava fundamentada na presença marcante da viação férrea. A partir da década de 50, com a implantação do ensino superior, impulsionado pela ASPES, uma associação de caráter privado, a relação entre a Arquitetura Moderna e o ensino superior supera a agora fragilizada relação entre Arquitetura Eclética, com ênfase na Art Decó, e a atividade ferroviária. Nesta década projetaram-se os primeiros prédios modernos no Centro Histórico, dos quais se destaca o da Faculdade de Farmácia e Medicina e o do Taperinha, pioneiros e incontestes marcos visuais da cidade. Somam-se os prédios institucionais, como, por exemplo, o do Correios e Telégrafos e o do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Bancários IAPB. No segundo momento, com a consolidação da UFSM, a Cidade Universitária, projetada a partir dos conceitos do Urbanismo Moderno, retrata o apogeu da Arquitetura Moderna em Santa Maria, no período em que os ideais do modernismo já apresentavam sinais de exaustão no Brasil. Mesmo não apresentando exemplares enquanto referência nacional se assinala a importância desses prédios na paisagem urbana local e sua vinculação direta com os grandes mestres da Arquitetura Moderna Brasileira.