A tragédia brasileira é quase sempre nascida da farsa política. Eleita com 38% do total de votos, herdeira do seu próprio (e lastimável) legado, Dilma tem incorrido, de imediato e com frequência, na persistente negação de todas as promessas da campanha para segundo mandato, implementando medidas opostas às alardeadas, conquistando para si o título de campeã do estelionato eleitoral. Já no início do novo mandato, conduz o Congresso, face a barganha deplorável (chantagem mediante concessão de emendas para deputados), a rever ex-post a lei de responsabilidade fiscal que o seu governo se encarregara de descumprir em 2014. Nunca mandato presidencial iniciou-se com aprovação tão baixa e absoluta ausência de credibilidade a ponto de tantos cogitarem seriamente o impeachment.