Priscila, poeta da coragem que nasce da confluência entre o Mar e o Fogo, seus poemas nos relembram que a poesia é perigosa para as línguas das traças. entre a primeira e a segunda leitura do seu livro, me deparei com um poema da Adélia Prado que me aproximou de outra maneira de te ler: a Adélia escreve sobre a Morte do pai e no abalo desse gesto ela escapa da corrosão e burla o tempo. você também burla o tempo & suspende os limiares. você nos lembra que é possível soltar a mão da nossa mãe e ao mesmo tempo mantê-la perto, com uma xícara de café & saudade. sua coragem está também em assumir esse amor que se despede com liberda de e se agarra com gana. senti no livro você se entregando a si mesma, você sendo tuya, você sendo sua, você sendo suas palavras, você sendo suas memórias (& há tanta beleza e força em ver você sendo sua).Priscila, poeta que invoca as palavras como conchas que se levantam e andam e derramam o Mar e os Peixes nos ouvidos de quem se aproxima.