A obra de Luciano tem por mérito a inovação e, porque não dizer, a ousadia. Sim, ousadia, pois aborda um tema que a doutrina de processo civil pouco trata e, quando trata, o faz de forma muito tímida. [...] No processo brasileiro, não há uma reprodução das provas antigas, oriundas do processo de primeiro grau, e novas provas no Tribunal, em uma verdadeira "nova instrução", como se dá na Alemanha, mas isso não quer dizer que os julgadores devam ficar limitados a só "revisar" o que foi produzido na fase do juízo de primeiro gral, podendo e devendo sim ter poderes instrutórios, tudo em prol da realização de uma verdadeira e almejada justiça. A original e instigante obra trata dessa temática e defende o poder instrutório do Tribunal em grau recursal ou de impugnação no processo civil, e podemos afirmar que o livro de Luciano Souto, além de ser uma obra fundamental para aqueles que queiram estudar essa importante questão, contribuirá positivamente para o aprimoramento processual brasileiro.