Um livro belíssimo sobre o movimento Art Déco no Rio de Janeiro, cidade que tem o maior acervo de prédios e construções Art Déco do Brasil: cerca de 300. Entre eles, a estátua do Cristo Redentor, símbolo máximo da cidade, cinema Roxy, Casa Cavé, Bar Lagoa, Edifícios do Centro, Copacabana, Flamengo, Glória: são inúmeros prédios e ambientes lindíssimos, que contam a história da cidade dos anos 1930 a 1945. "Foi uma escola, um movimento, uma revolução? Não. Apenas um estilo. Mas tão ágil, original e atrevido que o próprio modernismo, o movimento-mãe, que deveria abraçá-lo, o rejeitou. Por que os modernistas esnobavam o Art Déco? Porque este nunca se envergonhou de sua função decorativa (enquanto os modernistas, se pudessem, tacariam fogo nos móveis), nem produziu manifestos pedantes, como o futurismo e o surrealismo. Foi direto à prática. Mas o mundo gira. Paul Klee também já virou papel de parede e Mondrian, estampa de vestido. O Art Déco apenas chegou primeiro à vida real. Um capítulo fascinante dessa batalha aconteceu no Rio na primeira metade do século XX. Aqui o Art Déco inspirou centenas de edifícios, muitos ainda de pé, lindíssimos. Tomou o cinema, a caricatura, as revistas, a literatura, a música popular, o design dos móveis e --- quem diria? --- até a imagem do Cristo. Este livro, Rio de Janeiro Art Déco, é o seguinte: o que Márcio Roiter não sabe sobre o Rio e sobre Art Déco, você não precisa aprender." - texto de Ruy Castro.