Na perspectiva de tomar uma dimensão pouco explorada do trabalho docente, Sueli Mazzilli, autora desse livro, explora o processo de orientação de trabalhos investigativos como objeto de estudo. Onde, porém, se aprende esse exercício? Como os professores orientadores aprendem a exercitar tão complexa ação? Pode ser ela tratada como uma dimensão da docência? Como vivemos esse ensino? Questões como essas estimularam Sueli a mergulhar no tema e aprofundar suas relações. Se as atividades e práticas relacionadas à orientação foram chaves no contexto desse estudo, elas encaminharam uma decorrente reflexão relacionada a outro espaço acadêmico de significativas aprendizagens: as bancas de avaliação das dissertações e teses, assumindo que as bancas fazem parte do processo de orientação. Essa abordagem dá significativa originalidade às reflexões, pois esta é uma mirada muito pouco contemplada nas análises dos processos formativos nos espaços da pós-graduação. Fica evidente nas análises da autora que a orientação de dissertações e teses envolve saberes de diferentes naturezas e que os professores vão construindo um estilo próprio de realizar suas ações. Entretanto também fica explicitado que recorrem a saberes de natureza cognitiva instrumental, de natureza estético-expressiva e de natureza emocional-afetiva para levar adiante suas intencionalidades.