No livro Fetiches - diário de uma coleção de arte tribal, o colecionador e marchand de Christian-Jack Heymès inicia o leitor na compreensão dessas expressões primitivas da arte, tão pouco difundidas no Brasil, incrementando o relato com suas experiências em campo. A edição se inicia com uma extensa sequência fotográfica das peças da coleção de Heymès, com mais de 150 artefatos ligados a religiões indígenas, suas cerimônias e usos nas regiões da Oceania, América, Ásia e África. Recortadas em fundo preto, sem qualquer tipo de identificação, elas provocam uma apreciação instintiva e espontânea. Como dirá o autor adiante, apesar da arte tribal estar carregada de significados culturais, para frui-la "não é preciso recorrer a um código de leitura". "Tanto do ponto de vista sociológico como psicanalítico, o ‘fetiche’ é a ponte entre religião e criação de imagens. Uma coleção de arte tribal é, antes de tudo, um convite ao sonho. [...]