O trabalho da autora traz uma importante contribuição à reflexão sobre a possibilidade e a necessidade da interlocução entre dois campos do conhecimento: o Direito e a Psicanálise. O trabalho de Lenita Duarte se inscreve na contracorrente dos impulsos geradores de alguns desvios psicanalíticos. Além de proceder a uma leitura e interpretação cuidadosas e atentas de alguns conceitos fundamentais da doutrina psicanalítica: o sujeito, a Lei simbólica, a angústia, a compulsão à repetição e o sintoma, sua dissertação nos demonstra, através de casos clínicos, que as crianças podem e devem ser tratados como "analisantes integrais", responsáveis por suas escolhas de sujeitos.