Nestes tempos incertos de temor, de uma dor fantasma que corrói nossas almas, ora rolando entre abismos e ora em delírios, onde o nunca é sempre distante, ainda assim existe poesia, que nos impressiona por sua capacidade de nos fazer ver mais, de percorrer por caminhos de uma razão quase enlouquecida de tantos percursos e desvios até a sublime síntese dos contrários. Sua consciência filosófica é apolínea, filha de mil livros, pai de mil filósofos, e a intuição criadora é dionisíaca, filha da liberdade, dos excessos e prazeres da loucura do dia a dia, esse é Felipe Luiz Guma. Poeta e filósofo do nosso tempo, que tenciona seu ser rebelde em ritmo dinâmico e contestador, com apenas um dos seus versos nos tira do abismo mundano e inconsciente da miséria de nossas vidas, constrói imagens críticas e sarcásticas da nossa selvagem sociedade capitalista. Felipe Luiz Guma é um poeta ao mesmo tempo maldito e maravilhoso, companheiro da poesia de Maiakóvski, amigo de (...)