David Ballinger é o adolescente típico - ansioso por se enturmar, inseguro e, sobretudo, exagerado. A menor das aflições se transforma rapidamente em um escândalo de proporções bíblicas. A imaginação fértil e fatalista do rapaz revela a inexorável angústia da turma teen. Em 'O menino que perdeu o rosto' , Louis Sachar, autor do cult infanto-juvenil 'Holes' - que ganhou as telas com Sigourney Weaver e Jon Voight -, transforma a trajetória de David numa divertida crítica às desastradas experiências da juventude. Tudo com muito humor e sensibilidade. Scott, melhor amigo de David, passou para a turma dos descolados. Cansado da falta de popularidade, e ansioso para recuperar o companheiro, David aceita o desafio da turminha e inferniza uma pobre senhora. O menino rouba a bengala da reclusa Sra. Bayfield e, no processo, perde a própria paz de espírito. Cheio de remorso, passa a acreditar que a senhora é uma bruxa capaz de lançar uma maldição terrível. Por não se manter fiel aos próprios princípios e por se render à vontade equivocada da maioria, ele perde o rosto. Mas tudo é apenas sentimento de culpa e a reinterpretação de outro episódio, real e constrangedor. Ainda mais para um adolescente. Tori, uma das meninas mais bonitas da escola e sua amada platônica, o pega literalmente de calças na mão. David perde a peça de roupa num dos corredores da escola. Mas, para sua mente engenhosa, isso faz parte da praga lançada pela Sra. Bayfield. Assim como a briga com a mãe e o irmão, uma janela quebrada e uma braguilha aberta em plena aula de espanhol. Sem contar as confusões no laboratório de ciências. Para vencer a maldição - ou seria apenas uma simples maré de azar? -, David faz uma aliança com dois dos tipos mais esquisitões da escola. Em meio às trapalhadas e planos para quebrar o feitiço, o menino aprende o valor da verdadeira amizade. E o respeito às diferenças.