Quantas pessoas reservam um furtivo instante para refletir sobre sua existência, sobre Deus, o bem, o mal, enfim, tudo o que provoca curiosidade ou mesmo angústia? Dentre aqueles que empreendem a aventura de transcender, quantos escrevem sua experiência? E quantos desses são jovens, habitualmente classificados como imaturos? Poucos refletem, pouquíssimos escrevem e quase nenhum jovem. Engana-se quem postula a idade como índice de maturidade espiritual e filosófica. Pois Vitral 2001, a segunda coletânia da série, contém reflexões e poemas de universitários que revelam uma sensibilidade ímpar para situações surpreendentes, temas místicos, dimensões éticas e outros assuntos tão sólidos que se desmancham no ar. Conflito, insegurança e desejo, encaradas nesta obra em sua implacável radicalidade, contribuem para que nós leitores, jovens ou nem tanto, percebamos o mundo com o olhar iluminado e até contraditório. Exatamente por isso, extraordinário e incomparável.