Não um panfleto, mas uma sátira. Não inimigos, mas ridículos. Um psicanalista filma o movimento da vida intelectual e política no início do século XXI. Não é sua especialidade, justamente o que dá ao seu estilo o 'vigor híbrido'. O ponto de partida; a primeira página do Le monde. Em 21 de novembro de 2002, ela é dedicada aos 'novos reacionários'. Isso, em honra de um livrinho (96 páginas) de um desconhecido, Daniel Lindenberg. Ele 'perturba as famílias intelectuais', garante o jornal. JAM acha isso estranho. Ele lê a obra e nela descobre seu nome, se lança no jogo, puxa o fio dia após dia. No elã, pensa sobre a atualidade. A esquerda, a direita, a guerra, publica na imprensa, comenta toda uma literatura de ontem e de hoje. Busca obstinada, tateando nas trevas. Ela resulta na invenção de uma 'Academia das Ciências Imorais e Políticas', na redação de uma brincadeira normaliana, e num estranho diálogo consigo mesmo.