Neste novo livro de Gildo Magalhães, o autor de Acidente visita a história e cultura europeias em diversos lugares ("cantos") onde se desenrolaram. Com olhar crítico, sente a decadência de sua época face aos ideais humanistas que criaram nossa civilização. A ruína decadente não enseja, porém, o conformismo e o Autor, em abundância de comentários à margem/dentro do texto poético, contrasta os dados sócio-históricos geradores da degeneração cultural com os efeitos permanentemente vivificantes de uma cosmovisão que vai de Platão a Dürer, de Cervantes a Beethoven, Descartes a Marx. O resultado é que, girando incessantemente, este Catavento Mágico paradoxal aponta sempre no mesmo sentido: o do Homem como criador que faz pleno uso da razão para, apesar de si mesmo, dominar o Universo e, à semelhança da música das esferas, caminhar em direcão à Evolução