As maneiras como o repertório das vanguardas ditas construtivas foi discutido e transformado no Brasil após a Segunda Guerra Mundial constituem um assunto recorrente nos principais esforços de narrativa história da arte brasileira. Tomie Ohtake, no entanto, sempre evitou ser classificada como parte de qualquer grupo ou vertente rigidamente definidos, buscando por isso uma espontaneidade criativa que colaborou para que suas relações com o abstracionismo geométrico nunca tenham sido discutidas com a devida atenção. Este livro deverá ser uma colaboração desse sentido, ajudando a redistribuir atenções e reflexões e abrindo vias alternativas a caminhos mais vezes percorridos na percepção da obra de Tomie Ohtake. O Intituto Ohtake parabeniza, portanto, a iniciativa, agradece a Paulo Herkenhoff e a Max Perlingeiro e, ainda, torce para que este seja mais um capítulo em uma história de criança e discussão da arte que seguirá fértil e pulsante. - Instituto Tomie Ohtake