Diante da miséria do mundo, a vida interior ganha tanto em profundidade quanto em intensidade, e a liberdade entra em vigília. É nessa experiência sensível que se constata que, para não ceder ao desespero, é preciso dar à alma força e luz. O mundo deixa de ser um espetáculo indiferente: é ocasião de um enfrentamento em que as provações incitam à afirmação de si e dos outros. O mal do mundo, que convoca a ação do homem, transforma-se em enunciação do bem. A consciência cessou de considerar exclusivamente o mal; a liberdade individual poderá regenerar o mundo, que parecia ocasião, pela infelicidade que expressava, de uma vontade má. A vitória de cada um sobre o mal impregna o real de uma significação espiritual.