Este livro foi escrito inicialmente há cerca de 50 anos. A presente edição foi revista e ampliada para atender ao estilo e às normas do século 21. Nele, foram incluídas histórias da nossa literatura, para mostrar como os princípios apresentados aqui afetaram a vida dos judeus em todas as eras. Este singelo livro foi a estréia literaria do Daian Grunfeld. Ele foi considerado "a melhor exposição disponível em inglês sobre o Shabat", sendo traduzido para vários idiomas, inclusive para o hebraico sob o título de Mataná Guenuzá, e agora é publicado também em português, numa tradução de David Gorodovits, que também assina o posfácio, e ricamente ilustrado por Ivo Minkovicius. A particularidade deste livro sobre todos os outros que dissertam sobre o Shabat é que ele destaca seu significado haláchico, demonstrando que a abstenção de melachá ("atividade") em qualquer de suas ramificações é o coração pulsante e o núcleo de sua observância. Esse é um aspecto do Shabat judaico classificado freqüentemente pelos ignorantes como "uma ênfase sem sentido sobre detalhes triviais". Com muita profundidade, o Rabino Hirsch apresentou um conceito majestoso sobre issur melachá, a proibição de executar determinadas atividades. Ele a explica como sendo a abstenção de toda atividade criativa por um dia em cada sete, o que, por meio dessa atitude, presta um testemunho eloqüente da necessidade de vivermos no mundo do Criador como uma de suas criaturas e de usar toda a potencialidade humana a Seu serviço. Esse conceito, tão bem apresentado neste livro, deve pôr um fim a esse tipo de incompreensão de uma vez por todas. Seguramente, alguém que tenha lido esta obra não poderá, honestamente, voltar a argumentar que, por exemplo, a lei do Shabat contra acender fogo aplicava-se apenas na época em que isso envolvia o árduo trabalho de atritar pesadas pedras... O quarto de século decorrido desde o lançamento deste livro, durante o qual houve uma crescente desumanização e despersonalização do ser humano, assim como uma grave erosão dos padrões morais, serviu apenas para reforçar a mensagem com a qual o Daian Grunfeld estava tão apaixonadamente comprometido - a eterna relevância das leis da Torá, especialmente aquelas referentes ao Shabat, e a regeneração espiritual do povo judeu e de toda a humanidade.