"Na próxima esquina ele pára. Eu me viro e finjo estar caminhando na direção oposta. Vejo de soslaio que ele olha para todos os lados como quem não quer ser visto e entra em um pequeno café do outro lado da rua. Corro para debaixo de uma árvore e espero pelo sinal fechado. Quando estou quase chegando perto do café, esbarro em uma mulher com seus vinte e poucos anos junto a um homem com uma bengala. Eu os reconheço. Peço desculpas e paro ao lado da entrada. Eles vão de encontro ao homem-que-não-me-era-estranho e, com uma complexidade íntima, sentam-se à mesma mesa. Finjo estar esperando alguém por ali, acendo mais um cigarro e apuro os meus ouvidos e olhos para entender sobre o que falam. A mulher: então, trouxemos o livro que pediu que escrevêssemos."