Trata-se de conduzir uma análise em função de ir cercando algo do fantasma fundamental do sujeito, em termos de uma frase, ou uma série de frases, construídas de uma determinada maneira. É isto e somente isto. Não se pode saltar esta frase. O fantasma só pode ser atravessado se se respeita esta dimensão: o que se diz é o que se diz. O sujeito vai lembrar que disse isto, ou outra coisa, mas, para alguém, o que mais custa ter em conta é que isto se disse, que isto só tem a existência de que se disse. É assim porque existe o faot de que se diga. Este "que se diga" é a própria dimensão de análise. A função do resto refere-se fundamentalmente ao impossível de dizer. Porém, há outra função do resto que permite a continuidade do discurso analisante em relação a que ainda fique logo por dizer. Isto, na experiência da análise, de uma sessão a outra, em cada hiato do discurso, refere-se exclusivamente à causa. Que ainda fique algo por dizer não seria possível se não houvesse, por um lado, a função do esquecimento isto é, o reprimido e, por outro, a posição do analista, "fazendo-se" representante, causa disto.