Na seqüência de Os livros e os dias, Alberto Manguel retoma sua reflexão sobre o lugar do livro e da leitura na cultura e na vida dos homens. Partindo de circunstâncias pessoais, faz a crônica das bibliotecas - da Antiguidade à Internet -, evoca lugares emblemáticos e apresenta uma galeria fascinante de bibliotecários, bibliômanos e bibliófilos. Depois de viver em vários países, Manguel encontra numa aldeia francesa o lugar perfeito para reunir seus livros: um galpão medieval em ruínas anexo à casa paroquial, que adquire e reforma. Aos poucos, a biblioteca toma forma a partir de pedras soltas, caixotes abertos, pilhas de livros, reminiscências e idiossincrasias de seu dono. O dom narrativo de Manguel faz de cada questão prática - qual a forma ideal de um acervo, em que ordem dispor os livros, que obras manter e que obras descartar - o ensejo para passeios eruditos por bibliotecas antigas e modernas, de papel ou de bits, povoadas pelos tipos mais desvairados e cativantes. [...]