Neste livro, são abordadas as deformações que enodoaram nossos pleitos, por meio do exercício, tão constante e desabusado, da fraude nas mesas eleitorais, na elaboração das atas, na compreensão oficial, tantas vezes denunciada pelos partidos em competição. Desde a escolha de nossos primeiros vereadores nos Conselhos das Câmaras, de que há documentação a partir do início da primeira metade do século XVI até o caso do Proconsult nas eleições de 1982, no Rio de Janeiro, e que tantas vezes, equivocadamente, é invocado contra o voto informatizado. Conclui o autor apontando a existência, entre nós, de uma "desobediência incivil, com a dispensa da lei quando os interesses individuais são atingidos. E diz que nossos textos legais, elaborados mais sob a luz da esperança do que da experiência, fazem esquecer a lição do velho monarca Pedro II, para quem a virtude dos ordenamentos mais assentaria em sua boa execução do que nas medidas preventivas do legislador e que nosso desenvolvimento moral e material estaria dependendo, essencialmente, de que se difundisse a instrução a todas as classes da sociedade.